I hate everything about you. Why do I love you?

I don't know how to start this.
I just know I love her.
But she doesn't love me.
She doesn't care about me.
I think I am no one to her.

She is loving.
But she isn't loving me.
She is loving another person.
She is happy.
Should I be happy for her?
Maybe. I don't know.
But I am not happy.
I am feeling miserable.

I met her four years ago at the College.
I just fell in love for her instantaneously.
Red hair, rock style, amazing personality.
She is a good person.
But she is so complicated.
And I'm so nerd.
She is so social.
We are so incompatible. 

I like to be at home.
She likes to be in the streets.
In the shows. At friend's houses.
Although, we are friends. Or I think we are.
But we are not close friends.

Everything I try to do with her don't happen.
She always has an excuse.
She never can do anything with me.
We never go out.
We never date.
We never ever have kissed.
Sex? I don't know what does it mean.

Why do my life have to be so incomplete without her?
I have tried to forget her a million times.
Unfortunately, I can't.
Always I've tried, always I've failed.
It seems she knows when I am forgeting her.
So, she appears and everything starts again.
Why I haven't learned?
Why I always have a bit of hope that will be different?


I want to forget you!
If I can't have your love
I just want to be away from you.
I don't want your company anymore.
Please, I beg you, stop hurting me.
Stop feeding hopes in my heart.
Just go away.
Just leave me alone.

Without your love my heart is just a simple piece of Human body.
Let me try to live.
Let me be free of you.
All I have wished in my life is your love. 
But I think I will never have it.


"I hate everything about you. Why do I love you?"
Three Days Grace


ESPAÇO VAZIO!



Tento expressar em palavras um pouco da minha da minha frustração, das minhas tristezas, da minha solidão, do lixo que eu sou.

Nunca consigo! Eu sou um merda até pra isso. Odeio ser eu. 

Estou num daqueles momentos em que me odeio e odeio ser quem eu sou. Sim, repeti a mesma merda dita anteriormente, foda-se, não estou raciocinando direito para poder formular um texto bem escrito.

Estou escrevendo este texto mais como uma forma de desabafo, de poder botar pra fora tudo que está aqui dentro e que eu busco esconder de todos, até das pessoas que confio.

Odeio ser quem eu sou porque sou solitário. Odeio ser quem eu sou, pois sou um desperdício de vida. Odeio ser quem eu sou, pois se pudesse mudaria tudo, mas, mesmo podendo, não mudo. Odeio ser quem eu sou porque sou extremamente COVARDE. Caralho, eu odeio ser covarde. Mas a covardia acaba sendo mais forte que eu. Eu sou a perfeita definição de covardia. Eu me odeio!

Se tratando de relacionamentos, eu sou um completo fracassado. Desde a infância, entre fortes amores platônicos (e amores não-platônicos só posteriormente descobertos) e paixonites simples não correspondidas, minha vida amorosa se resume a apenas uma “peguete” em longos 22 anos de vida.

VINTE E DOIS ANOS. Apenas dei meu primeiro beijo na boca aos 20. Continuo virgem até hoje. Não, eu não resolvi esperar. Eu sou ateu e não tenho nenhuma desculpinha religiosa para justificar o fato de nunca ter transado. Simplesmente sou virgem porque até hoje nenhuma mulher quis transar comigo ou eu não tive iniciativa suficiente para descobrir se alguma queria. Como forma de compensar, acabo recorrendo a masturbação.

Me tornei viciado em masturbação. Meu maior fetiche é por lésbicas, não sei o porquê. Talvez seja algo psicológico justamente por conta do meu fracasso em ser homem.

Tenho certeza que meus pais se perguntam até hoje por que nunca apresentei “minha namorada” a eles, por que até hoje não tive uma namorada. Eles devem se preocupar muito por conta disso. Temo que eles pensem que sou gay. Não que eu tenha algo contra homossexualidade, já me libertei deste preconceito há anos e respeito a liberdade individual de cada um. Só que, justamente por já ter brigado com eles ao terem comportamentos homofóbicos, é que esse temor deles pode ter se reforçado. Seria uma grande decepção para eles. Não os culpo, eles querem netos e foram criados em uma sociedade heteronormativa, logo isso seria "absurdo" para eles. Não penso igual a eles.

Mas eles não precisariam ter essa preocupação em relação a mim. Eu nasci hétero, bem hétero, não tenho dúvidas. Gosto de mulher e só. Mas sou um fracassado quando se trata de conseguir TER uma companheira. Não faço estilo “pegador”. Não sou cafajeste, não sou descolado, não sou maneiro, não sou “underground”, não sou "cult", não sou porra nenhuma. Não tenho absolutamente nada de atraente para nenhuma mulher. Nem biotipo, nem papo, nem estilo, nada. Meu sex appeal parece ser rigorosamente nulo.

Sou só um nerd gordo, na pior concepção possível da palavra. Não o “nerd cult”, dos Tumblr’s da vida, que se diz nerd por gostar de The Big Bang Theory e Star Wars (aliás, jamais assisti Star Wars, assim como jamais assisti Senhor dos Anéis ou Matrix). Sou nerd estilo CDF, aquele que tem poucos amigos na escola e ninguém quer ser, ninguém admira.

Não tenho grandes experiências de bullying, apesar disso. Não sofri tanto. Mas meu fracasso amoroso é realmente algo MUITO, MUITO incômodo, pior do que qualquer surra ou apelidinho dado por terceiros. 

Eu sei que não sou o homem mais feio do mundo. Não sou extremamente gordo (apenas acima do peso, mas nada absurdo) e também não sou repulsivo. Não sou fedorento, nem nojento. Me cuido relativamente bem. Meu problema não é estético/higiênico Mas eu não tenho nenhum jogo de cintura, não tenho atrativos. Sou completamente Beta.

Eu tenho medo, receio de desrespeitar, de causar reações negativas, de tentar, de arriscar. Eu fico mofando na zona de conforto e me limito a ser “amigo”. Entre aspas porque nem amigo eu sou realmente. Sou apenas um colega de trabalho/faculdade, ali pra ver na hora e só. Não desperto paixões. Não desperto desejos. Não desperto sentimentos. Sou completamente indiferente, incolor, transparente… Não desperto ódio, mas não desperto amor. Não preencho nada.

Por vezes me pergunto se eu morresse hoje, quem sentiria a minha falta? Será que falariam de mim? Será que alguém, além dos meus pais e meu irmão, pensaria em mim? Será que eu seria lembrado por alguém? Acredito que não. E isso é que é o mais triste na minha vida. Eu não faço a menor diferença.

Não há nada pior do que apenas existir por existir, sem viver, sem sentir, sem tocar, sem amar, sem transar, sem fazer diferença na vida de outrem. Estou perdido na imensidão da minha solidão. No mar obscuro da indiferença. Nas profundezas do medo e da ignorância. Na zona morta de conforto que não me conforta.

Retiro o que disse no começo. Não sou um merda. Merda tem alguma utilidade, merda faz alguma diferença e causa reações, mesmo que negativas. Nem a merda eu sou equivalente.

Eu sou simplesmente descartável. Assim como esse texto!

Obrigado pela leitura. Precisava jogar isso pra fora.

Falsos prazeres que não preenchem lacunas


Que solidão é essa que aflige a minha alma?

Que solidão é essa em que nada me acalma?

 

Vivo em uma grande cidade que pulsa barulho.

Mesmo assim, apenas escuto aquele silêncio ensurdecedor.

Penso ser talvez o som do meu orgulho.

Mas na realidade é simplesmente a pura ausência de amor.

 

Em pequenos prazeres, tento no êxtase suprir essa ausência.

Uma alegria de poucos segundos que prolongaria minha existência.

Uma intensidade tão grande em sua essência.

Mas que de pouco em pouco vai se tornando minha própria tendência.

 

No entanto, um pequeno prazer como esse não é nada se feito de maneira solo.

Sem uma mulher quente e carinhosa que esteja em seu colo.

Aos próprios deuses dos quais não acredito, eu imploro.

Cure-me deste maldito vício em que a cada dia pioro.

 

Tudo que preciso é de uma companhia.

Infelizmente, minha timidez e falta de atitude apenas me limitam.

E assim vou vivendo dia a dia.

Com zonas de conforto malditas que me irritam.

 

Quero mudar e poder olhar para mim no passado.

Pensar em como fui idiota o tempo inteiro.

Me perguntar a como cheguei nesse estado.

Em que da minha destruição, eu estava sendo o engenheiro.

Vida, felicidade, qualquer merda...



O que raios é a felicidade? Por que a buscamos insaciavelmente? Ela deve ser nosso objetivo de vida? É pra isso que estamos aqui? 

Há muito tempo já cheguei a conclusão de que “feliz para sempre” não existe. É apenas um ideal criado pela Disney para vender ilusões. Felicidade é apenas um estado momentâneo, exatamente como tudo na vida. 

Penso como seria se fôssemos felizes o tempo todo. Sem dramas, sem choro, sem sofrimento, sem desilusão, sem brigas, sem guerras. É... eu sei. SERIA UMA MERDA!! Quer coisa mais monótona e pragmática? Quer coisa mais previsível e sem sal? Tudo que é certinho demais tende a dar errado no final das contas. O ser humano é o animal mais (ir)racional que existe. Gostamos de nos aventurar, gostamos de correr perigo, gostamos de brincar com o fogo, gostamos de desobedecer, gostamos de foder com os outros, gostamos de movimentar as coisas quando tudo está quieto demais. É da nossa natureza sermos grandes filhos da puta. E graças a Deus que somos assim.

Reflita: Sem dor, não há alívio. Sem escuridão, não há luz. Sem fome, não há fartura.  Sem mal, não há bem. Sem sofrimento, não há felicidade. Um precisa do outro. Eles se completam, se preenchem, se encaixam. A melhor definição para cada um deles é justamente ser o oposto do outro.

E as pessoas, sem saber a besteira que estão fazendo, correm atrás da felicidade eterna. Burrice. Seguindo um padrão vendido, sem pensar por conta própria, sem saberem o que realmente querem de suas vidas ou o que raios fazem aqui. Traçam planos e mais planos da vida ideal, nunca chegando ao objetivo. E se chegam, finalmente percebem: não era porra nenhuma do que esperavam.

Exatamente como nossa sociedade consumista, onde cada produto promete eficiência, objetividade e a solução definitiva dos problemas. Mas junto com eles, vem uma penca de adversários jurando exatamente a mesma coisa. Isso sem falar em atualizações, adaptações, melhorias, upgrades que sempre te fazem pensar que o que você tem é velho, ultrapassado, ruim e, se te servia há uma semana, já não serve mais.

A porra da vida é um ciclo sem fim em torno de um objetivo que no final não é merda nenhuma. Isso porque não importa o que você tenha ou faça, uma hora acaba. Você pode ser notável. Você pode possuir coisas notáveis Você pode ter feitos eternos que serão lembrados por gerações. Mas um dia, uma hora você acaba… Exatamente como a felicidade que tanto buscamos. Por que a buscamos? Onde a encontramos? Realmente precisamos dela?

Mas, afinal, o que é a felicidade?

DEVANEIOS DE UM TOLO



Sou um velho leão que não aprendeu a ser amado.
Que tem fome insaciável de paixão.
Que nunca desvendou os mistérios do coração.
Que sempre sofreu com desilusão.
Que sempre teve como sua companheira a solidão.

Sou um romântico secreto.
Tento não transparecer meus sentimentos.
Estou cansado desses tormentos.
Então tento não mais amar.

Não há maior tolice que se apaixonar.
É investir preocupação, afeição e bem querer.
Mas não importa o que vai rolar.
Uma hora você vai se foder.

Cansado dessas paixões não correspondidas.
Cansado de tantas batalhas perdidas.
Cansado de tantas decepções vividas.
Cansado de rejeições explícitas.

Já cheguei a conclusão que minha laranja não tem metade.
Que tudo visto na TV é bobagem.
Que romance de cinema não existe.
Infelizmente, é uma conclusão triste.

Tento fugir dos meus sentimentos.
Não transparecer essa versão de mim.
Torço para que vá embora com os ventos.
Não gosto de ser assim.

Porque a pior parte é a de amar sem ser amado.
É a de se sentir um fracassado.
De ser apenas um pobre coitado.
Que novamente foi abandonado.

É mais uma vez ter o coração partido.
É mais uma vez ter o coração sem abrigo.
É mais uma vez o coração estar perdido.
É mais uma vez um drama vivido.

Rimas fracas, sem sentido.
Pobre tolo apaixonado.
Na esperança ainda fico.
De no futuro ver que estava errado.

Esperança essa que cada vez morre mais.
Preciso de um tempo para pensar.
Quero apenas um pouco de paz.
Mas não sei se quero mais amar.



REVOLUCIONÁRIOS DA INTERNET. EPISÓDIO DE HOJE: CRIANÇAS NA ÁFRICA


Hoje, navegando pelo Facebook em uma destas páginas de consciência social (das quais muitas eu curto), me deparei com esta imagem.

(clique na imagem para ampliá-la)

Neste texto não quero falar especificamente desta imagem. Ela está aí apenas para representar diversas outras que você encontra por toda a internet. Quero falar sobre o famoso discurso “fome na África” e o quanto isso pode ter um teor altamente preconceituoso de quem o faz e nem percebe. Também pretendo mostrar o quanto esse discurso pode ser hipócrita dependendo da pessoa que o faz.

Obviamente, a intenção da imagem acima, assim como a de muitas outras, é a de fazer você refletir sobre a gravidade dos seus problemas e se eles realmente são motivo para você reclamar ao invés de correr atrás para solucioná-los. Está aí para te fazer pensar em como devemos ser gratos por ter comida na mesa, estudos etc. Ótimo! Sou super a favor de demonstração de gratidão e reconhecimento pelo que temos. Porém, a foto em si traz uma imagem que já está altamente desgastada e que eu não aguento mais ver e ouvir: “crianças passando fome e miséria na África”.

Não me entenda mal. Eu tenho plena consciência que muitas famílias no continente africano passam por extrema miséria e falta de oportunidades (coisa não muito diferente aqui por nossas terras). A fome, a miséria, as doenças sexualmente transmissíveis, o estudo precário… Tudo isso é uma realidade da qual não podemos ignorar.

No entanto, essa imagem me faz refletir em como as pessoas imaginam o CONTINENTE AFRICANO. E cheguei a seguinte conclusão: veem como apenas um país (note que poucas vezes citam um país africano em específico), a pobreza afeta toda a população, todo mundo ali fica dias sem comer, a água é suja, todos são infestados de doenças e o índice de mortes é 400% maior que em todo o mundo.

É MUITO EXAGERO!!!

Note bem. Não estou negando que esses problemas realmente existem ou que o continente africano é, de fato, o mais carente e menos desenvolvido do mundo. Porém, nem todo mundo que vive lá está passando por extrema necessidade. A Copa do Mundo, na África do Sul, em 2010, serviu para mostrar que países africanos estão em condições de realizar eventos de grande porte com qualidade tanto na questão estrutural quanto organizacional (não estou falando que foi perfeito. Ocorreram erros, porém o saldo foi positivo). O evento serviu para desmitificar um pouco o que as pessoas veem da África. Reportagens mostravam que havia sim, qualidade de vida no local (apesar de um problema muito conhecido aqui: a má distribuição de renda e o alto contraste do rico e do pobre). É nisso que eu quero frisar. Nos países do continente africano existe, assim como em toda parte do mundo, civilização, tecnologia, residências confortáveis, comida em bom estado, água potável, saneamento básico, infra-estrutura, entre outras coisas comuns no nosso dia a dia e que são o mínimo para termos qualidade de vida.

“Ah, Rafael, você é um acomodado. Uns 99% não vivem como você está falando. Eles estão lá passando fome. Se não mostrarmos a realidade deles, nada será feito”. MEU FILHO, VOCÊ VIVE LÁ? VOCÊ JÁ VISITOU ALGUM PAÍS AFRICANO? VOCÊ TEM CONHECIMENTO NA CAUSA QUE ESTÁ FALANDO? E ME DIGA UMA COISA: VOCÊ COMPARTILHAR 200 IMAGENS NO FACEBOOK JÁ AJUDOU COMO?? O QUE VOCÊ JÁ FEZ NA SUA VIDA QUE POSSA TER AJUDADO?

Pelo amor de Deus, é muito discurso e pouca ação. Quando é que vamos nos tocar que ficar compartilhando imagem no Facebook não vai melhorar nem 0,5% a realidade de quem realmente vive em estado de miséria? E será que realmente precisamos ir tão longe para notar que o mundo está repleto de imperfeições? Por que sempre que vão citar o quanto “o mundo capitalista está perdido” vocês têm que ir até a África? O Brasil está recheado de problemas iguais, como miséria, plano de saúde precário, falta de saneamento etc. Olhem para o próprio umbigo antes de vir querer pagar com discurso de quem “está por cima”.

Mas, mesmo assim, tendo todos estes problemas, se a gente vê um americano dizer que o Brasil se resume a carnaval, bunda, futebol, Floresta Amazônica, Cristo Redentor, favelas e que somos todos índios, ficamos putos. Por quê? Porque vivemos aqui e sabemos que não é apenas isso. Sabemos que tudo isso existe, mas que não é apenas isso que vivemos. Sabemos que é uma visão preconceituosa de quem não tem conhecimento de causa. É a mesma coisa com eles. Se eu vivo minimamente bem em qualquer país africano e vejo que é essa imagem que as pessoas têm do local onde eu vivo, eu ficaria muito puto. Você não?

Por fim, deixo o recado:

ESTE TEXTO NÃO É PARA IGNORAR OS PROBLEMAS QUE EXISTEM NA ÁFRICA. CRÍTICAS SOCIAIS SÃO IMPORTANTES. MAS FALSO ALTRUÍSMO É UMA COISA QUE ME DEIXA PUTO. É FÁCIL COMPARTILHAR UMA IMAGEM EM REDE SOCIAL DO QUANTO VOCÊ SE PREOCUPA COM A MISÉRIA NO MUNDO. MAS NA HORA DE AJUDAR UM MENDIGO MORTO DE FOME NA RUA, MUITOS DISFARÇAM E FINGEM QUE NÃO EXISTE. DE QUE ADIANTA QUERER MUDAR A ÁFRICA SE VOCÊ NÃO MUDA NEM A REALIDADE A SUA VOLTA?

"POR ISSO QUE O BRASIL É ASSIM"

DEPOIS DE MAIS DE UM ANO PARADO, RESOLVI RETOMAR AS POSTAGENS DO BLOG NESTE COMEÇO DE 2012. SEI QUE A MAIORIA DOS QUE SEGUIAM E LIAM O BLOG SE FORAM, MAS ESPERO CONSEGUIR NOVOS LEITORES E QUEM SABE RECUPERAR ALGUNS QUE JÁ PASSARAM POR AQUI. 


BOA LEITURA E NÃO SE ESQUEÇA DE DIZER O QUE PENSA A RESPEITO!


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Se tem algo que me irrita é ler alguém reclamando de algo e atribuindo a este fator que se está reclamando aos problemas do nosso país. Exemplo: 
 
É postado um Funk com um conteúdo muito vulgar e repetitivo ou qualquer Axé para o carnaval no Youtube. Nos comentários se observa frases como "Por isso que o Brasil é uma merda". Como se aquela música específica fosse a causa de qualquer problema, como falta de educação, saneamento, saúde, segurança... Ou então qualquer comentário sobre um erro de arbitragem em um jogo de futebol: "A mídia esconde isso e trata como chororô. Isso aqui é Brasil, é assim mesmo". Ou mesmo criticando algum programa na TV: "Por causa de pessoas assistindo BBB que o Brasil não vai pra frente".
 
Perceberam? Usam problemas sociais do país como bode expiatório para se dizer com razão ao não gostar de algo. Para dizer "eu tenho um bom argumento em não gostar disso". 
 
Não quero obrigar ninguém a gostar de X ou Y, cada um tem seu gosto, é algo completamente particular e cabe a cada um determinar o que é bom ou ruim para si próprio. Agora, o RESPEITO é algo que deveria ser mais do que uma obrigação, deveria ser algo que nem precisasse entrar em questão, pois seria de senso comum. Mas não... Vamos criticar algo que não gostamos só porque tem gente que gosta e faz sucesso. De preferência, se fizer muito sucesso, podemos chamar quem gosta de modinha. E melhor ainda, vamos expor problemas sociais SEM QUALQUER LIGAÇÃO com aquilo como se fossem resultado disso que não gostamos. 
 
Por favor, onde que eu gostar de um Axé faz do Brasil um país com péssima distribuição de renda? Onde eu assistir BBB faz com que o Brasil deixe de ter um programa de saúde de qualidade? Não faz sentido. ENTRETENIMENTO não é a causa dos problemas do país.
 
Podem usar como argumento o fato de que, ao gostarmos de ver um programa na TV, não lutamos por nossos direitos contra políticos incompetentes. Sim, concordo que deveríamos ser mais ativos nessa questão política, porém não é cancelando o BBB que vai fazer o povo ir às ruas protestar. Não é acabando com o Funk que todos vão começar a ler a legislação brasileira e notar que temos direitos. Não é cancelando programas de humor que tem mulheres seminuas que o povo vai reclamar dos altos impostos cobrados. As pessoas que reclamam disso tudo podem até ter boas intenções. Mas, como dizem, de boas intenções o inferno está cheio. De que adianta boas intenções se o que tanto lutam, caso fosse conquistado, não mudaria nada? 
 
Sabe por que nosso país não vai pra frente? Porque os nossos revolucionários gastam energia, tempo e horas de argumentação PELAS CAUSAS ERRADAS. Pelas coisas mais banais que existem. Há um mês atrás parecia que iriam para as ruas protestar porque uma frase ficou muito famosa. Sabe como eles faziam para que ela parasse de ser propagada? Falando nela a todo tempo e criticando quem gostava de falar isso porque tinha achado graça. Gastando horas de debates para dizer como a frase era sem graça e quem gosta é fútil. Só porque não a acharam engraçada. A frase morreu, já não tem mais graça e todo mundo parou de falar. E aí? O país já é de primeiro mundo agora? Já pagamos impostos condizentes com a realidade dos nossos salários? Já temos um sistema de saúde e de educação públicos de qualidade? E se acabarem com o BBB? E se começarem a escutar Beatles, Ramones, Legião e Barão Vermelho? Teremos tudo isso? BURROS! Parem de criticar o que não está errado. Parem de tratar a consequência como causa.
 
Ao invés de terem como temas de discussão se BBB acrescenta algo ou não, falem qual nova lei absurda está para ser aprovada na Câmara, deem dicas de quais deputados e senadores estão fazendo um bom trabalho, peguem como referência o quanto de impostos é cobrado nos países de primeiro mundo, o que precisa-se fazer para termos um melhor PIB e IDH no país. ISSO É CONSTRUTIVO. ISSO É UMA BOA CAUSA A SE LUTAR. ISSO PODE FAZER A DIFERENÇA! Mas aposto que a maioria dos pseudo-cultos e pseudo-revolucionários de plantão não sabem nem 10% disso. Afinal, qual a graça de se pesquisar critérios de avaliação de IDH se eu posso criticar a bunda que está aparecendo naquele programa? Pra que saber da vida política do cara da sua cidade se eu posso ficar indo ver vídeos de Funk no Youtube e fingir que me importo com o país, não é? 
 
Muito melhor é criticar o gosto alheio e pagar de culto. E daí que o cara chegou estressado no trabalho e só quer ver um programa de humor para relaxar? Eu vou é criticar ele e julgá-lo até não poder mais por estar vendo algo que eu não gosto. Assim eu alimento meu ego e me sinto inteligente. E melhor ainda porque tem mané que vai na minha e daí é que eu me sinto inteligente mesmo, com um forte poder de persuasão. PORRA!
 
No final, a culpa do "Brasil não ir pra frente" é justamente desses revoltadinhos que acham que sabem o que é o mundo. Enquanto você criticar a música que é feita para diversão-pegação, o Brasil vai continuar tendo POUQUÍSSIMOS ricos e MILHÕES de pobres devido a péssima distribuição de renda. Enquanto você fala mal de uma frase, o país vai continuar com os preços dos produtos acima da inflação. Enquanto você falar que quem não escuta Rock não tem cultura, vai ter um político na sua cidade desviando seus impostos ou dos seus responsáveis lá no gabinete dele.
 
PARE E RACIOCINE DE VERDADE UMA VEZ NA VIDA. SE FUNK, AXÉ, PAGODE, BBB, PÂNICO OU QUALQUER OUTRA MERDA FÚTIL ACABAR, O BRASIL VAI DEIXAR DE SER O QUE É? OU SIMPLESMENTE VAI TER MAIS 500 COISAS QUE VOCÊ NÃO GOSTA PRA ATRIBUIR A CULPA DO NOSSO PAÍS "NÃO IR PRA FRENTE"? FAÇA ALGO DE ÚTIL. LUTE PELAS CAUSAS CERTAS!!!

INTERATIVIDADE

“Uma pesquisa da Root Learning demonstrou que as pessoas lembram apenas de 10% do que lêem, 50% do que vêem ou ouvem e lembram de até 90% daquilo que interagem”




A interatividade hoje em dia é algo fundamental. Com o surgimento da internet, as pessoas deixaram de apenas ler, ouvir e ver para também criar, participar, interagir. Não me admira que os estudos mostrem esses dados. Afinal, se você apenas lê algo, dentro de um universo de milhões de textos que você lê por dia, o que aquilo terá de tão especial para lhe fazer recordar? Da mesma forma, uma imagem ou um som até chamam mais a atenção, porém, com o tempo, caem no esquecimento também. Porque no mesmo universo existem milhões de outras imagens e sons. Mas já quando se participa, é quase impossível esquecer, pois nós estamos sempre à procura do que terá a melhor qualidade e que melhor se adéque aos nossos gostos e necessidades. Portanto, quando nós ajudamos a criar determinado produto, texto, imagem etc, fica exatamente como queremos (ou o mais próximo disso), de como gostaríamos que fosse, e pelo menos, para nós, fica o melhor produto possível. Isso dá uma sensação de orgulho muito grande de si mesmo, pois você ajudou a construir algo de qualidade. Por isso sempre será lembrado. A pessoa se sente responsável por aquilo e vai querer mostrar aos outros, e provar a si mesmo de que é capaz. A interatividade também permite que se façam novas amizades, que se conheçam pessoas com gostos, sonhos e objetivos parecidos com os seus, o que permite horas de conversa, entretenimento e é extremamente agradável, pois é um trabalho de equipe onde todos se beneficiam e interagem. Eu não vejo mais o mundo sem a interatividade que a internet proporcionou, pois as pessoas já se sentem responsáveis por procurar o melhor conteúdo possível e ajudar, nem que sejam com comentários, de como melhorá-lo cada vez mais.

COMO SERÁ MEU FIM? Parte 7

Finalmente, a história de Alexandre em seu desfecho.
Confira a última parte.

Se você ainda não conhece a história, acompanhe as partes anteriores. Garanto que não se arrependerá!


Último trecho da parte anterior.

"E foi o primeiro livro onde Alexandre escreve um “felizes para sempre”. Ele enviou para uma editora de livros inglesa que admirada com a história, a publicou e virou um sucesso. Uma das exigências de Alexandre era que na primeira página tivesse uma dedicatória com os seguintes dizeres, em inglês, obviamente: “Dedico este livro à Emily. A mulher que mais amei nesta vida e que jamais esquecerei. Não sei onde você está, mas saiba que jamais te esquecerei. Por você, mudei o modo de enxergar a vida. Se vir isso, você sabe onde estarei todos os dias te aguardando, até que você apareça.” Ele se referia à lanchonete da qual ela foi despedida."


PS: Imagens meramente ilustrativas

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Alexandre ia todos os dias e ficava o dia todo aguardando ver Emily, infelizmente sem sucesso. Seguiu essa rotina por mais de dois meses. Após desistir de encontrá-la, ele compra uma passagem para o Brasil. O hotel onde ele estava hospedado era em frente à lanchonete e ele foi lá fazer uma última visita ao estabelecimento que lhe proporcionou conhecer alguém inesquecível. Viu tudo, Emily não estava lá. Ele, então pegou um táxi, para ir ao aeroporto. Vinte minutos após sua saída, aparece uma mulher pobre, mal vestida e suja. Era Emily. Ela não havia conseguido arranjar mais nenhum emprego e não tinha visto o livro de Alexandre até aquele dia, pois não tinha como comprá-lo. Ela, desesperada, pergunta à antiga colega de trabalho se Alexandre tinha aparecido por lá. Ela disse que todos os dias nos últimos dois meses, mas que naquele dia estava voltando ao Brasil. Ela perguntou quando Alexandre saiu, e ela dizendo que tinha ido ao aeroporto há 20 minutos. Emily corre, não tinha dinheiro para pagar a passagem de um ônibus ou táxi. Mas ela chama um táxi mesmo assim. Incrivelmente ele para, mesmo vendo o estado da moça, pergunta se ela tinha condições de pagar. Ela mente e diz que sim e pede para ir ao aeroporto. Ele a leva para lá. Ao chegar, ela agradece o taxista e sai correndo, sem pagar a passagem. Ele grita com ela e tenta correr atrás, mas ele era obeso e a perde de vista rapidamente. Dentro do aeroporto ela é barrada por seus trajes. Mas dali consegue ver Alexandre falando ao celular. Ela grita, com todas as forças, mas ele não a escuta e vai saindo de vista dela. Ela implora para entrar, porém os seguranças não deixam. Ela, então aborda uma pessoa na rua e pede seu celular emprestado. Ela jura que não iria roubá-lo, até porque estavam cercados por seguranças. Mesmo assim, muitas pessoas se recusam, até uma velha senhora, altruísta, emprestar o celular à moça. Ela liga para o celular de Alexandre. Ele ao atender, pergunta quem é. Emily desesperada diz para ele ir para fora do aeroporto. Ele pergunta quem estava falando, mas justo na hora que ela iria falar, os créditos do celular da senhora acabam. Ela revoltada, não sabe o que fazer, começa a pedir o celular a diversas pessoas, mas ninguém mais aceita. Alexandre fica curioso e assustado, não havia reconhecido a voz dela, e estava com medo de ser uma armadilha, então prefere continuar no aeroporto. Ela, então sai correndo para dentro do aeroporto. Mais rápido que a reação dos seguranças, que não conseguiram detê-la. Ela corre desesperadamente, para evitar ser capturada, mas não consegue achar Alexandre. Então, ela vai até o portão de embarque, e se esconde. Mesmo assim, os seguranças a encontram, e vão levá-la para o setor da segurança dentro do aeroporto. Ela começa a gritar e se contorcer muito, chamando a atenção de todos dentro do aeroporto. Inclusive de Alexandre, que a reconhece. Vendo isso, ele os segue. E avisa aos seguranças que a conhecia. Eles mandam eles entrarem pra prestar declarações. Ao ser perguntada sobre a história toda, Emily conta que não era nenhuma maluca nem uma assaltante, mas que apenas queria encontrar Alexandre, e que ela não era permitida de entrar no local. Alexandre se apresenta, dizendo-se que era o autor do livro mais lido das últimas semanas e garante que Emily é uma pessoa decente e fez isso por medidas drástica. Ele lhe garante que isso não tornaria a acontecer. O delegado, então, pede que eles assinem um acordo de que caso isso voltasse a acontecer, ela seria presa e jamais poderia botar os pés no aeroporto. Eles concordam e são liberados.


Então, ambos se encontram novamente. Ele adia sua viagem e a leva para seu hotel. Lá eles conversam e explicam o que aconteceu um com o outro. Emily explica que após ele ir embora, seu patrão cansado de seus acidentes a demitiu, ela não conseguiu arranjar mais nenhum emprego e foi despejada de sua casa. Sua mãe, sabendo dessa história, não suportou e acabou falecendo. E seus irmãos não a socorreram, pois diziam que a culpa da morte de sua mãe era dela. Ela estava vivendo de favor na casa de uma amiga por um tempo, mas depois não teve onde ficar, e que não tinha como ter conhecimento do livro que ele publicara. Mas viu em uma televisão em um bar a notícia que dizia sobre o livro de Alexandre, falando um pouco sobre o autor e de sua dedicatória. Ela tomou conhecimento disso e foi procurá-lo na cafeteria, mas não o encontrou mais.

Eles, então ficam juntos, matam a saudade e depois de uma semana viajam de volta para o Brasil. Acabam se casando, e Alexandre fez a continuação do que era sua história mais criticada, onde os personagens acabavam se achando e ficando juntos. Alexandre perdeu diversos fãs que o amavam por sua característica de finais trágicos, mas sua história envolveu tanto, que muito mais pessoas leram, ele faturou muito mais e finalmente estava realizado financeiramente e pessoalmente. Acabou tendo um filho com Emily. Não teve um “felizes para sempre”, afinal, ninguém é sempre feliz. Também não teve um final trágico, afinal, ninguém apenas sofre. Viveu como todas as pessoas, com bons e maus momentos, brigas e reconciliações, estresses e nostalgias. Alexandre morreu aos 82 anos, vítima de Alzheimer. Ele, anos antes de sua morte, esqueceu-se de tudo que havia vivido, porém, minutos antes de morrer, lembrou das coisas mais marcantes de sua vida: seu filho e o amor de Emily. Alexandre morreu se sentindo realizado E FELIZ.


FIM.
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